Guerra Civil Portuguesa
Guerra Civil Portuguesa, também conhecida como Guerras Liberais, Guerra Miguelista ou Guerra dos Dois Irmãos foi a guerra civil travada em Portugal entre liberais constitucionalistas e absolutistas sobre a sucessão real, que durou de 1828 a 1834. Em causa estava o respeito pelas regras de sucessão ao trono português face à decisão tomada pelas Cortes de 1828, que aclamaram D. Miguel I como rei de Portugal. As partes envolvidas foram o partido constitucionalista progressista liderado pela Rainha D.ª Maria II de Portugal com o apoio de seu pai, D. Pedro IV de Portugal, e o partido tradicionalista de D. Miguel I de Portugal e ainda o Reino Unido, a França, a Espanha e a Igreja Católica.
Revolta dos Mercenários
A Revolta dos Mercenários constitui-se numa sublevação militar ocorrida no Brasil, sob o governo de D. Pedro I, em 1828.
Episódio pouco conhecido na História do Brasil, inscreve-se no contexto da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (1825-1828), da qual resultou a independência da República Oriental do Uruguai (27 de Agosto de 1828).
O motim iniciou em 9 de junho de 1828, e durou três dias. Neste período a população da Corte (a cidade do Rio de Janeiro) viveu sobressaltada pela sublevação de três batalhões do Corpo de Estrangeiros, alemães e irlandeses, que serviam ao Império do Brasil desde a independência (1822).
O origem da revolta foi um boato que dois alemães haviam sido mortos por soldados de um batalhão brasileiro. O oficial de dia do 3° Batalhão de Granadeiros, composto na sua maioria de estrangeiros, o tenente alemão Prahl, saiu bêbado do quartel, acompanhado de outros soldados e atacou a guarda do Largo da Carioca. Foi logo preso e enviado à Ilha das Cobras, o batalhão foi reunido e Dom Pedro I lá ordenou que todos os envolvidos no incidente dessem um passo à frente. Os que se apresentaram foram logo sentenciados a 100 chibatadas. Isto detonou a revolta.
Para reprimir a sedição foi necessário, além das tropas regulares e da Guarda Real de Polícia, o auxílio da população, cerca de mil paisanos armados, entre os quais 50 frades e mais de 100 padres e estudantes. O governo solicitou ajuda às forças tarefas francesa e inglesa, aportadas na capital, que desembarcaram 400 marujos ingleses para guardar o Palácio de São Cristóvão, mais 600 franceses se concentraram perto do Arsenal de Guerra.
Nos combates morreram cerca de 240 mercenários, mais 300 feridos; do lado oposto 120 mortos e 180 feridos. Um dos líderes do movimento, August von Steinhousen, foi condenado à morte; outros 31 mercenários receberam penas diversas.
Os batalhões de tropas de mercenários foram dissolvidos e a maior parte de seus integrantes, deportada. Ao que tudo indica, a revolta deveu-se ao não cumprimento, por parte da coroa, de pagamento aos mercenários, conforme acordado. Segundo outras fontes a revolta foi motivada pela castigo físico de um mercenário alemão, considerada pela tropa como injusta.
A revolta motivou a demissão do ministro da guerra general Barroso Pereira.
Sergio Corrêa da Costa, em seu livro, Brasil, segredo de Estado, associa tal revolta a um complô envolvendo Manoel Dorrego, governador de Buenos Aires, e os alemães Federico Bauer e Antonio Martín Thym, cujo objetivo visava sequestrar e mesmo matar Pedro I, bem como a independência de Santa Catarina.
Guerra Da Cisplatina
Introdução
A Guerra da Cisplatina foi um conflito
armado entre Brasil (Império do Brasil) e Províncias Unidas do Rio da
Prata (antigas províncias do Vice-reinado espanhol do Rio da Prata),
ocorrida entre 1825 e 1828.
Contexto Histórico
A região era motivo de disputas entre
Portugal e Espanha desde o final do século XVII. Até 1816 a região foi
território espanhol. Porém, em 1816, ela foi invadida e anexada a coroa
portuguesa. Em 1821, D. João VI anexou a região ao Reino Unido de
Portugal e Alvarges, denominando-a de Província Cisplatina. Porém, como a
anexação não foi aceita pela população de maioria espanhola da região,
teve início um movimento de independência.
Causas
- Oposição dos habitantes,
principalmente da elite de origem espanhola da Cisplatina com relação à
anexação do território à Cisplatina;
- Não reconhecimento da Independência do Brasil;
A Guerra
No ano de 1825, com apoio da Argentina, o
general Juan Antonio Lavalleja deu início ao movimento pela emancipação
da Cisplatina. Líderes militares da Cisplatina declararam a
independência da região do controle brasileiro.
Não concordando, Dom Pedro I, imperador
do Brasil, declarou guerra contra o movimento emancipacionista em 10 de
dezembro de 1825.
A Guerra durou 3 anos, gerando ao Império Brasileiro enormes gastos financeiros, além de perdas humanas.
O Império brasileiro encontrou
dificuldades em formar uma força militar capaz de vencer os revoltosos.
Mesmo com um exército menor, as Províncias Unidas do Rio da Prata
tiveram êxito no conflito.
Como terminou
França e Reino Unido pressionaram ambos
os lados para o firmamento de paz na região. Através da Convenção
Preliminar de Paz, assinada em dezembro de 1828 no Rio de Janeiro, foi
criada a República Oriental do Uruguai.
Consequências
- Enfraquecimento do poder político de Dom Pedro I;
- Prejuízos financeiros que prejudicaram a economia brasileira (elevação da dívida);
- Questionamentos da população brasileira pela derrota na guerra.
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